sexta-feira, 13 de março de 2009

Dia de Luta

Duzentos mil! Já não pode ser mais encarado como um mera questão de função pública. A luta e participação sindicais são uma manifestação de civismo em prol da democracia, da liberdade e da qualidade de vida de todos os cidadãos activos. Perante uma crise sem precedentes desde a última grande guerra, é essencial contribuir em busca de novas soluções, por uma maior redistribuição da riqueza e pela qualidade do emprego, obstaculizando as medidas erradas propostas e execuadas pelas constantes más opções de governação.
Uma manifestação como a que hoje foi patrocinada pela CGTP-IN é uma demonstração clara da vitalidade da democracia portuguesa que, não obstante os ataques silenciosos que tem sofrido ao longo das últimas décadas, parece manter intacta os valores superiores que fizeram o 25 de Abril. Por isso, e reeditando a nobre e popular tendência da resistência lusitana que derrotou castelhanos e Andeiros, em Portugal, as pessoas saiem à rua, manifestam-se e nunca se deixam vencer, por mais que o queiram fazer crer. Podiamos ser mais, é certo, os que encheram as avenidas principais da capital, mas há milhares que ausentes lutavam na sua empresa, no seu ciclo de vida e, enquanto homens e mulheres lutarmos, há direitos que se defendem e conquistam.
Em suma, são estas coisas que me fazem, apesar do tanto de ruim que se diz sobre os portugueses, sentir orgulho neste Portugal, seja branco, mestiço, preto, amarelo ou vermelho! Porque, perante tantos anos de negligente desgoverno e má política mascarada, as pessoas ainda se mobilizam, saiem à rua e lutam, por mais que os ventos desta modernidade ora vendida ora oferecida ditem o contrário. Porque é pela liberdade, independentemente de tudo o que se passou num passado contra-producente de ditadura, que se norteia a vontade de cada português que não se rende. E, na rua, livre, faz soar o seu protesto!

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