sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Diz que é uma espécie de democracia...

... quando a informação é isenta e neutral.

Pois é! E isto não é uma defesa de Mário Crespo, nem quero que as minhas declarações a um jornal nacional figurem na página on-line da Fundação Sá Carneiro.
Aquilo que questiono é o porquê de uma manifestação tão considerável de funcionários da administração pública e local ser absolutamente relegada da agenda mediática.

Para não deixar dúvidas acerca destas breves linhas, vejam o i, o DN, o Expresso… isto, para não falar dos telejornais desta noite.
De facto, para mentes simplistas, poder-se-ia dizer que aquilo que os sindicatos querem é propaganda. Ora, qualquer grande agitação de massas deste género visa inscrever na opinião pública e na agenda políticas as reivindicações. Até porque só é possivel debater se a generalidade da opinião pública tiver em seu poder informação suficiente para o fazer.

Uma questão deixo no ar, transcrevendo Robert Dahl, um insuspeito teórico da democracia liberal: what underlying conditions favor democracy?

Usem o dicionário se preciso, mas reflictam… O que está em causa é a qualidade de uma democracia onde a informação é selectiva ao ponto de silenciar factos e acontecimentos. E este é um problema de todos nós, e não só deste ou daquele sector.

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